Como é feito o estudo genético de um embrião antes de ser IMPLANTADO no ÚTERO MATERNO?

Published: 08 August 2024
on channel: Médicos Hands-On
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Dr Waldemar Carvalho, Ginecologista especializado em reprodução assistida de endoscopia ginecológica

Dr Edson Bor-Seng-Shu professor livre docente pelo departamento de neurologia do HC FMUSP

Dr Marcelo de Lima Oliveira doutor pelo departamento de neurologia do HC FMUSP

Fertilização in vitro é um "bypass": ovulo e espermatozóide não estão se encontrando ou quando se encontram não formam o embrião e portanto, a função da fertilização é fazer a fecundação no laboratório. Formado o embrião ele volta para o útero da mulher a fim de prosseguir a gestação.
A mulher menstrua, fica fértil em torno de 14 dias quando há retirada dos óvulos (época da fertilidade) e menstrua de novo. O embrião pode voltar para o útero após a menstruação ou pode ser congelado para voltar para o ventre mais tarde (a hora que for conveniente para o casal).
Com as técnicas atuais, o sucesso de um embrião implantado evoluir para gestação completa é de 70 a 75% dos casos.
As chances de uma mulher engravidar na idade fértil são de 90% ao ano, ou seja, se ela nao engravidar algum problema esta acontecendo. Há necessidade verificar se o homem tem espermatozoide, se a mulher ovula ou se o caminho do óvulo esta em ordem (anatomia). As principais causas de infertilidade são: 30% a 40% fator masculino, por infecção como doenças sexualmente trasmissíveis, covid 19, homens que nascem com baixa produção de espermatozoide e varicocele; nas mulheres 30 a 40% distúrbios de ovulação por deficiência hormonal, obesidade, síndrome de ovário policístico, doenças autoimunes e por ultimo anatômico como endometriose, infecções sexualmente transmissíveis, infecções virais como caxumba, covid 19, entre outras causas.
Importante ressaltar o novo crescimento da incidência das doenças sexualmente trasmissíveis por conta da redução do uso do preservativos e por consequência aumento da infertilidade.
Alguns hábitos podem prejudicar a fertilidade: tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, uso de anabolizantes esteróides e alimentação inadequada.
Um casal onde o homem é portador de HIV, pode ter filhos livres do vírus, porém, quando a mulher é positiva pode ocorrer a transmissão vertical em 1 a 2% dos casos.
A preservação dos óvulos é muito importante para mulher. A técnica para retirada dos óvulos começa pela visualização dos folículos do ovário. Um hormônio injetável (FSH) é administrado no começo do ciclo da ovulação para fazer com que vários folículos cresçam. Ao mesmo tempo a hipófise é bloqueada para liberar a formação dos folículos. No momento do inicio do tratamento o óvulo pode ser retirado a qualquer momento independente do período do ciclo. Uma vez retirado os óvulos avalia-se quantos estão bons para serem retirados. Quando mais velha a mulher, pior a qualidade dos óvulos. O congelamento de óvulos é seguro sob fiscalização da ANVISA.
A avaliação de infertilidade inicia-se pela história do casal como idade, analizar a produção de espermatozoides, a ovulação da mulher e alterações anatômicas. O tratamento clinico pode ser feito através da indução da ovulação e coito programado. Pode ser feito ainda a inseminação artificial com a colocação do espermatozoide na vagina ou intrauterina que é feita no laboratório.
Na fertilização in vitro ocorre a fertilização no laboratório e depois esse embrião volta para o útero dela no quinto ou sexto dia (transferência a fresco). Na transferencia a fresco pode-se estudar a genética e qualidade do embrião o que aumenta a eficácia da possibilidade de gestação.
Engravidar espontaneamente após 45 anos é uma exceção, um evento que não é o comum. Uma paciente que quer engravidar acima de 50 anos se tiver clinicamente bem não há problemas maiores: muitas mulheres tentam a gestação porque perderam um filhos ao longo da vida. Portanto, uma possibilidade para um casal com filhos únicos é congelar óvulos.
Considerando os pacientes transsexuais, uma vez que eles não façam a mutilação, ou seja, não retirou os órgãos com útero, ovários, testiculos, etc... esses pacientes podem querer uma familia no futuro, daí a importancia de congelar óvulos ou espermatozóides. Além disso tem que fazer exames preventivos como exames ginecológicos de rotina ou rastreio de cancer de próstata, testiculos etc..
O pré natal dos pacientes com fertilização in vitro é mais difícil porque muitas mulheres não engravidam por problemas de saúde. Hoje, graças a evolução da medicina, é permitida a transferencia de um ou no máximo dois embriões, o que reduziu muito a incidencia de trigêmeos e quadrigêmeos, o que acarretava o risco da prematuridade nessas crianças com sequelas para o resto da vida. Além disso, por vezes tinha que reduzir a quantidade de embriões por risco da mae ou dos embriões.

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