Dr Ricardo Vasserman, Médico Clinico Geral, formado pela FMUSP, especialização em clinica média pelo HCFUSP
Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente pelo departamento de neurologia HCFMUSP
Dr Marcelo de Lima Oliveira Doutor pelo departamento de neurologia HCFMUSP
Segundo Dr Ricardo, a clínica médica é uma especialidade onde há uma compreensão abrangente da medicina e proximidade com as pessoas, famílias e comunidades. A clinica médica tem por função resolver a maioria dos problemas de saúde na comunidade. A especialidade tem importante função na medicina, porém, a clínica médica resolve a maioria dos problemas de saúde com baixo custo para o sistema de saúde.
Muitos pacientes perdem sua qualidade de vida por causas evitáveis e chegam no sistema de saúde em fases terminais da doença, numa condição irreversível. Portanto, oferecer hábitos que previnam a ocorrência dessas doenças ajudam a evitar complicações. Saúde é muito mais do que não ter doença.
Check up é um termo que tem uma conotação comercial segundo Dr Ricardo. Na verdade, rastreamento de doenças não pode ter essa conotação comercial, pois vc deve conhecer o seu paciente para promover a prevenção e rastreamento. A grande preocupação das pessoas é: será que eu tenho uma doença que eu não saiba? A idéia do rastreamento é encontrar doenças que não manifestam no corpo. As doenças rastreáveis são aquelas que progridem lentamente e permitem sua detecção precoce antes de apresentar sintomas, ou seja, período pré clinico prolongado. Além disso, precisa haver exames disponíveis, com fácil acesso para detectar essa doença. Outro ponto é, quando eu rastreio a doença tem que haver tratamento disponível para ela.
A doença rastreável tem que ter uma prevalência alta na população para que sejam desenvolvidos exames em larga escala para detecção precoce. Além disso, vários estudos comparam se o rastreamento foi efetivo para cura e melhora da qualidade de vida do paciente ou não. A individualização do rastreamento é muito importante.
As principais doenças rastreáveis são divididos em 5 grandes grupos: 1) câncer - câncer de mama, colon, próstata, pulmão, colo de utero. Cancer de colo uterino a partir de 25 anos que tenham atividade sexual com papa Nicolau a cada 3 anos; aos 40 anos para cancer de mama com história familiar, porém a partir dos 50 anos com mamografia; colorretal com pesquisa de sangue nas fezes a partir de 50 anos; cancer de pulmão tomografia de tórax de baixa dose para tabagista 1 maço por dia por 20 anos; próstata: PSA é pouco sensível e pouco específico, portanto há um compartilhamento de risco 2) doenças cardiovasculares e metabólicas: placas de gordura nas artérias: hábitos de vida como alimentação/atividade física e colesterol no sangue; diabetes: historia familiar, hábitos de vida e glicemia; pressão alta através da medida periódica a pressão alta - pessoas com baixo fator de risco a cada 5 anos, a partir de 40 anos anual; pessoas com alto fator de risco para hipertensão medidas frequentes; aneurisma de aorta abdominal através de ultrassonografia de abdômen; osteoporose que provoca fratura de quadril é uma doença grave; 3) infecções sexualmente trasmissíveis, como gonorreia, clamídia (associadas à infertilidade), sifilis, AIDS, hepatites B e C: testes rápidos são eficientes e sensíveis 4) tuberculose e 5) saude mental: depressão, alcoolismo, drogas, violência domestica. Não há exames laboratoriais para o rastreio, porém existem questionários que facilitam o rastreio. Importante ressaltar que a depressão é muito prevalente e a consulta médica é uma chance para detecção.
Importante ressaltar que os exames de rastreio tem baixo custo e pouco oneram o sistema de saúde. O excesso de exame podem gerar falsos positivos com desencadeamento de investigação desnecessária para o paciente. Fazer muitos exames não é sinônimo de boa medicina.
A individualização do paciente é importante para o rastreio. Além disso, existem as calculadoras de risco. A historia familiar, características físicas (circunferência abdominal), etc... fazendo um cálculo regressivo pode-se selecionar o paciente para rastreios específicos. Esta seleção ajuda a escolher os exames e determinar a periodicidade do rastreio.
Além disso, exames antigos devem ser interpretados e integrados ao rastreio atual. Sistemas integrados otimizam o rastreio com diminuição dos custos. Infelizmente existe uma total desintegração dos dados dos pacientes. Além disso os dados não são estruturados e isso dificulta o compartilhamento em diferentes plataformas. O processo de rastreio deve ser facilitado a fim de tornar-se acessível ao paciente, pois muitos pacientes não querem realizar exames no dia a dia.
O rastreio é importante não só para o paciente, mas também para o SUS e operadoras privadas de saúde a fim da redução dos custos com tratamentos das doenças previníveis.
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